Uberlândia, no Triângulo Mineiro, está entre as 30 cidades mais populosas do País com melhores condições para empreender. Quando considerados os municípios do interior, a cidade aparece em 13º lugar.
Em Minas Gerais, está atrás apenas da Capital, Belo Horizonte. Essa é a conclusão do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), um dos mais tradicionais mapeamentos do ambiente de negócios do Brasil, organizado pela Endeavor.
O levantamento, referente a 2020, funciona como um raio-x do ambiente de negócios do Brasil. E, embora não seja possível comparar com resultados anteriores, já que diferentemente do que ocorria até a edição anterior, de 2017, quando o ICE considerava 32 cidades, agora o estudo avalia 100 municípios, as informações são suficientes para se ter um olhar amplo sobre cada localidade e a capacidade de desenvolvimento.
O indicador deste ano foi construído com base em sete pilares:
- Ambiente regulatório
- Infraestrutura
- Disponibilidade de crédito
- Mercado
- Formação da mão de obra
- Inovação
- Cultura empreendedora
De acordo com o prefeito Odelmo Leão (PP), para além do estabelecimento de empresas atraídas para a cidade, a prefeitura de Uberlândia trabalha com uma política de fortalecimento do mercado local, por meio do desenvolvimento de legislação específica e ações mais diretas. O ICE 2020 refletiu esse cenário, especialmente, na classificação obtida pelo município em dois pilares: “Capital humano” e “Ambiente regulatório”.
“Vemos que a inovação é o caminho. Seja na legislação, seja em outras formas de políticas públicas, buscamos criar condições para que essa inovação aconteça”, comentou.
O pilar “Capital humano” avaliou a disponibilidade de mão de obra básica e qualificada, considerando o acesso aos ensinos fundamental, médio e técnico, proporção de adultos com ensino médio completo, desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) etc.
No estudo de todos esses quesitos, Uberlândia (que conta com mais de 70 mil alunos frequentando alguma das 27 instituições de ensino superior e mais de 150 mil estudantes matriculados da educação básica ao ensino médio nas redes privada particular) apareceu na 17ª posição no ranking nacional.
Já no pilar “Ambiente regulatório”, a cidade foi a 24ª colocada. Nesse aspecto, o índice considerou a tributação vigente, o tempo para se abrir uma empresa, qualidade de gestão fiscal, carga tributária municipal, atualização das normas de zoneamentos e a existência de um sistema de emissão on-line de Certidão Negativa de Débitos (CND).
Conforme o prefeito, além dos investimentos em infraestrutura, saneamento, educação e desenvolvimento social, que impactam em um ambiente mais propício ao empreendedorismo, são adotadas também ações específicas ao desenvolvimento.
“Estamos concluindo a parte de infraestrutura do primeiro loteamento empresarial público (que é o Polo Tecnológico Sul), oferecemos gratuitamente para os empreendedores uma consultoria em parceria com o Sebrae) e disponibilizamos, também sem custo a plataforma ‘Mais Negócio’ – com cursos, capacitações e a oportunidade de ter o nome da empresa em um catálogo virtual de produtos e serviços”, detalhou.
Já na legislação, Odelmo Leão citou a redução do ISS para empresas de base tecnológica, a criação do Programa Municipal de Fomento ao Setor Cervejeiro, e o projeto de digitalização, que disponibiliza serviços como o Integrador Municipal e os programas “Alvará num Clique”, “Alvará Ligeiro” e “Alvará Sanitário Online”, que permitem redução no tempo e na burocracia para se abrir uma empresa.
“São todas ações com resultados práticos para estimular o empreendedorismo em nossa cidade e mais esse reconhecimento, especialmente após um ano tão desafiador quanto foi 2020, nos confirma que estamos no rumo certo”, concluiu.
Fonte: diariodocomercio